Terapia Familiar é um método psicoterapêutico que utiliza como meio de intervenção, sessões conjuntas com os diversos elementos de um sistema familiar.
A terapia familiar não é uma terapia da família, mas com a família, isto é, diz respeito sobretudo a um modelo de trabalho familiar, não estando nos seus propósitos adaptar famílias a uma definição preestabelecida.
Em terapia familiar o conceito de família é usado em sentido lato, englobando todos os elementos significativos do contexto em que se vai centrar a intervenção.
A terapia sistémica processa-se através de encontros regulares de um ou dois terapeutas com uma família que aceitem este tipo de intervenção, com uma frequência semanal ou quinzenal.
Inicialmente os terapeutas discutem o pedido da família /casal e escolhem a unidade de intervenção, que em regra é a família nuclear tradicional (pais e filhos), mas pode ser a família extensa, trabalhando com três gerações simultaneamente ou com outros elementos importantes para a compreensão do problema em causa.
O terapeuta trabalha fundamentalmente segundo dois eixos, o eixo do aqui e agora, em que são recriados na sessão terapêutica os conflitos e interações que trazem a família à terapia e o eixo multigeracional, em que se trabalham na sessão os mitos, papéis e funções características da família em causa e relevantes para a resolução do seu problema.
Todos os membros do sistema são ouvidos e participam activamente na sessão e é desejável que cada um deles tenha, ao longo da terapia, a sua experiência de crescimento.
A família deve ser protagonista da sua mudança e o terapeuta tem como função primordial criar alternativas para que essa mudança seja possível.